quinta-feira, 31 de maio de 2012

Endodontia de terceiro molar!
Anatomia ímpar do elemento dentário

http://www.endodontiaavancada.blogspot.com.br



 Emergência, dentista cansado e erro de diagnóstico!




Legenda:1- Radiografia periapical inicial dente 27 (trazida pelo paciente)
2- Radiografia periapical inicial dente 27 (marca da colgadura em cima do ápice radicular)
3- Radiografia periapical inicial dente 27 (esta sim, ficou ok!)
4- Radiografia periapical inicial dente 35

5- Radiografia periapical final dente 35

Comentário:
Lembro-me que estava prestes a finalizar o expediente no consultório, já no período noturno, quando telefonam informando que estava sendo encaminhada uma paciente que sentia muitas dores em um molar superior, que já havia sido tratado endodonticamente.
Após realizar os questionamentos básicos de anamnese que aquela situação exigia, a paciente deixava claro que o dente causador daquelas fortes dores era o segundo molar superior esquerdo (27), inclusive apontando com o seu dedo indicador sobre o referido dente.
A radiografia periapical (1) que a paciente trouxe consigo não permitia visualização adequada do dente e das estruturas periapicais vizinhas ao dente suspeito: imagem clara e com sobreposição do processo zigomático aos tecidos periapicais.
Realizada uma nova radiografia periapical (2) , tive o “cuidado e a precisão milimétrica” de colocar a ponta da colgadura em cima da imagem do ápice radicular do dente suspeito! E a paciente sentindo dores, clamando para que fizesse rapidamente a intervenção para debelar aquela dor que ela dizia ser insuportável. Mas infelizmente eu teria que repetir a radiografia periapical, para que assim pudesse avaliar de maneira adequada as estruturas periapicais do dente 27.
Após esta nova exposição radiográfica (3) , foi possível visualizar apenas uma lesão de cárie na face interproximal distal, sob a restauração de amálgama. Quanto as estruturas periapicais, tudo dentro de um padrão de normalidade. Teria aquela lesão de cárie permitido a contaminação bacteriana da obturação endodôntica e assim ocasionado uma provável infecção periapical para estar causando toda aquela dor? Era o que eu começava a suspeitar.
Não havia presença de edema, e aos testes de percussão vertical e palpação apical realizados no dente 27 a dor era exacerbada. A paciente pedia “pelo amor de Deus” que o seu dente não fosse mais tocado e que gostaria que eu começasse logo a “tirar aquela dor”, pois segundo ela, estava aumentando a intensidade e ficando uma dor “desesperadora”. Tarde da noite, uma paciente quase a chorar de dores e um dentista cansado: ingredientes perfeitos para induzir a um erro de diagnóstico. E foi isso que aconteceu.
Imaginei tratar-se de um caso de periodontite apical sintomática de origem infecciosa, ou quem sabe um abscesso periapical em fase inicial? Com esse diagnóstico estabelecido, anestesiei o dente 27, e a paciente relatou um grande alívio. Iniciado a remoção da restauração/núcleo de amálgama, a paciente voltou a acusar dor. Anestesiei novamente e as dores cessaram. Reiniciado a etapa de remoção do núcleo de amálgama, sou surpreendido mais uma vez com a paciente queixando-se de dores! Muito estranho isso, não acham?
Era muita dor pra uma paciente só! Alguma coisa estava errado; eu só podia estar realizando a intervenção no dente errado.
Apesar de não observar nenhuma alteração clínica nos dentes inferiores antagonistas, que justificasse a realização de um exame radiográfico destes dentes, ainda assim resolvi fazer uma radiografia periapical (4) .
Bingo! Para a minha felicidade e, mais ainda para a paciente, estava lá o dente causador de toda aquela dor: o 2° pré-molar inferior esquerdo, em que a imagem radiográfica mostrava extensa lesão cariosa sob a restauração de amálgama cl.II DO. Mais alguns testes e chegara a um diagnóstico preciso e definitivo: pulpite irreversível sintomática, provocando dor reflexa no dente 27. O resultado final é possível observar na radiografia periapical (5) que mostra o dente 35 já tratado endodonticamente.
Quando se tratar de emergências que envolvam pacientes sentindo dor, acreditem em tudo o que ele falar e ao mesmo tempo duvidem de tudo aquilo que ele afirmar!
 

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Osteomielite de Garré

Características Clínicas

A localização mais freqüente do edema consistente e pouco doloroso é na região de bordo inferior da mandíbula, próximo ao 1º molar. Mais freqüente em mulheres, pode acometer pacientes com menos de 30 anos e ocorre quase exclusivamente na mandíbula.
A dor surge antes de evidências clínicas de aumento da mandíbula. A lesão pode ser infectada secundariamente.

Características Radiográficas

Precocemente, pode-se observar crescimento localizado do osso, por fora da cortical. Em fases mais avançadas apresenta-se como partes radiolúcidas e radiopacas alternadamente, semelhantes à casca de cebola. O osso esponjoso adjacente pode conservar suas características normais, esclerosar- se ou apresentar zonas osteolíticas.
Assim que a irritação é eliminada, o osso cortical pode remodelar-se e recuperar seu aspecto normal.

Diagnóstico Diferencial

Transtornos ósseos que provocam expansão dos maxilares:
- Sarcoma de Ewing;
- Enfermidade de Caffey (hiperostose cortical infantil);
- Osteossarcoma;
- Displasia fibrosa;
- Excrescências;
- Exostose, osteomas periféricos.

Tratamento

Extração do dente cariado infectado, ocorrendo remodelamento gradual do osso.


Dentistas brasileiros enviaram um caso clínico atípico para o British Dental Journal. A paciente apareceu em uma clínica dentária na cidade de Varzelândia, Minas Gerais apresentando edema facial, dificuldade na mastigação, fala e deglutição.
Na anamnese, verificou-se que a paciente era uma mulher de 64 anos com o hábito de mascar tabaco, quadro de desnutrição e comprometimento cognitivo. Observou-se que a lesão evoluia a mais de 20 anos e a paciente nunca havia procurado atendimento odontológico. Exames de sangue, glicemia e pressão arterial apresentaram resultados normais.
No exame intra-oral, os dentistas verificaram uma massa extensa, esbranquiçada-marrom, de consistência endurecida, sem hemorragias, envolvendo os arcos maxilar e mandibular do lado direito e chegaram a suspeitar de uma lesão neoplásica. Os dentes apresentavam doença periodontal severa.
A paciente foi submetida ao tratamento periodontal completo e foi comprovada por examehistopatológico (biópsia) (foto) que a “massa” era na verdade um enorme bloco de cálculo / tártaro.
Tártaro
Haja cureta, amigo…




A intubação submentoniana é um procedimento seguro e efetivo para o manejo das vias aéreas em pacientes com fraturas no complexo crânio-maxilo-facial. É uma alternativa à traqueostomia e às possíveis morbidades inerentes a esse procedimento e nos casos em que a intubação nasal ou oral está contra-indicada. A intubação submentoniana apresenta como indicação clássica, quando há necessidade de bloqueio maxilomandibular no trans operatório em que injúrias impeçam a intubação nasal, e que a traqueostomia não esteja indicada por outros motivos.


Referências: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXns3ziPQqRMlX4DP0HZv9b09-N5EzdnbKzG89ama4hdvE6r6PaSp2q981fYLoKc38nW7p5KkF2HL3nTPkkxk9RlsXhHMfu9z-XE38CdRmjLFVdITKgUbxGUTsKkzk7ao6VI285Vi1vvg/s1600/foto+3.jpg
www.revistacirurgiabmf.com/2006/v6n3/6.pdf
RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA:


Radiografia P.A. Mandíbula (Towne): Usada para localização, determinação das direções, extensão e complexidade das fraturas; na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, supranumerários e para localização e delimitação de áreas patológicas.





domingo, 13 de maio de 2012

PLANTÃO TIRA DÚVIDAS

Mande sua dúvida para o e-mail: marciodonto_@hotmail.com
Encaminhamos para os mais respeitados nomes da Odontologia para esclarecimentos!

sexta-feira, 27 de abril de 2012